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ESPETÁCULOS 

Fotos, informações e ficha técnica dos espetáculos da Satori Associação Teatral
2013
O estranho cavaleiro

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Texto: Michel de Ghelderode

Direção: Irion Nolasco

Assistência de direção: Daniel Fraga

Iluminação: Luiz Acosta

Figurino: Rô Cortinhas

Trilha sonora original: Álvaro RosaCosta, com a participação de Simone Rasslan e Luciano Pieper 

Preparação de elenco: Inês Marocco

Elenco: Alexandre Borin, Carolina Diemer, Daniel Fraga, Franciele Aguiar, Liane Venturella, Márcia Donadel e Luiz Antônio Santos.

Arte Gráfica: Daniel Soares Duarte

Fotos: Adriana Marchiori

Gravação e edição de imagens: Jerri Dias

Num lugar esquecido pelo tempo, velhos doentes e embriagados de dor e riso vivem seus últimos momentos em atroz monotonia. Em uma noite sinistra, sinos misteriosos anunciam a chegada de um estranho visitante, cuja presença, tão aguardada e tão temida, instaura o caos e revela o destino em sua paradoxal crueldade.

2012
To be or not to Beckett

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Texto: Carolina Diemer, a partir de fragmentos da obra de Samuel Beckett

Direção e atuação: Carolina Diemer

Orientação: Mirna Spritzer

Criação e operação de luz: Luciana Brito

Arte sonora: Sérgio B. de Lemos e Alberto Tusi

Crédito das imagens: Vicente Carcuchinski e Diego Bregolin 

Uma mulher, atormentada por seus fantasmas, inventa sua vida e seus passatempos a partir do vazio. O presente do passado é a memória. O presente do presente é a visão. O presente do futuro é a espera. Enquanto a personagem brinca com o tempo, desenrolam-se situações inusitadas que movimentam sua solidão. Este monólogo é livremente inspirado em imagens e textos do dramaturgo irlandês Samuel Beckett.

2011
Lady Macbeth

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Espetáculo baseado no conto A Gravidez de Lady Macbeth, de Vinícius Canhoto e em fragmentos de Macbeth, de William Shakespeare.
Orientação: Inês Marocco
Direção: Franciele Aguiar
Elenco: Ingrid Bonini e Giulia Maciel

Figurino, iluminação e trilha sonora: Franciele Aguiar e Ingrid Bonini
Crédito das imagens: Luciane Pires Ferreira e  Jéssica Lusia

A personagem pintada por Shakespeare com as cores da força e da ambição desmancha-se nas perturbadas visões de um desejo frustrado. Ninguém viu a mancha que teimava em permanecer. Ninguém viu porque ela fugia, como um sonho que não se permite abraçar, embora tão próximo, quase real. Ninguém viu, mas ela estava lá.

2010
Noite de Walpurgis

 

Espetáculo inspirado em fragmentos de obras de José Triana, John Ford, Jean Genet, William Shakespeare, Bruno Schulz, Raduan Nassar, Luchino Visconti e Elia Kazan

Direção: Irion Nolasco
Elenco: Alexandre Borin e Franciele Aguiar
Roteiro, dramaturgia, trilha sonora, cenografia, iluminação e figurinos: Alexandre Borin, Franciele Aguiar e Irion Nolasco
Crédito das imagens: Ricardo Santanna, Rodrigo Stöbauss, Myra Gonçalves
Contrarregragem: Carolina Diemer e Daniel Fraga


 

Todo segredo asfixiado procura ar na escuridão. Toda prisão tem um subterrâneo de liberdade por onde se esgueiram o proibido e o possível, o medo e o desejo, o real e o imaginário, o amor, o ódio, a loucura. Em espelho. Em choque. Em celebração. Em comunhão: cúmplices e adversárias, duas carnes percorridas pelo mesmo sangue constroem as regras de um exercício para a morte.

2010
A Mulher de Putifar

 

​​Espetáculo inspirado em textos bíblicos e fragmentos da literatura de Gonçalo M. Tavares, Sylvia Plath, Jean Tardieu, Fabrício Corsaletti, Santa Teresa de Ávila e Paul Celan.
Orientação: Irion Nolasco
Roteiro e dramaturgia: Franciele Aguiar 
Elenco: Franciele Aguiar e Patrick Peres
Cenografia, trilha sonora e iluminação: Franciele Aguiar e Irion Nolasco
Confecção de figurino: Patrick Peres

Crédito das imagens: Michele Bloedow
Operação de som: Daniel Fraga e Luís Fabiano Oliveira
Operação de iluminação: Lucca Simas e Luiz Eduardo Oliveira

Uma mulher sem nome, sem rosto e sem presente. A um só tempo escrava e senhora de um passado que avança e esculpe, com a mentira e a verdade, as faces de seu delírio.

 

Espetáculo inspirado em textos bíblicos e fragmentos da literatura de Gonçalo M. Tavares, Sylvia Plath, Jean Tardieu, Fabrício Corsaletti, Santa Teresa de Ávila, Paul Celan, entre outros pedaços de frases, de flores, de frestas, de sons, sonhos, sombras, ossos, amores, segredos inventados, recortados entre versos, conversas, vaidades, verdades e mentiras muitas! Quem é a mulher de Putifar? Se ela soubesse, não seria livre para percorrer, anônima, os corredores e labirintos de seu delírio.

2009
A Serpente

 

​​Texto: Nelson Rodrigues

Direção: Irion Nolasco

Assistência de direção: Daniel Fraga

Figurino: Rô Cortinhas

Iluminação: Cláudia de Bem

Operação de som: Luís Fabiano Oliveira

Edição de trilha sonora: Leandro Lefa

Voz/locução: João Diemer

Elenco: Alexandre Borin, Camila Rosa, Carolina Diemer, Daniel Fraga, Franciele Aguiar, Ingrid Bonini, Kaya Rodrigues, Marcelo Pinheiro, Márcia Donadel, Priscila Correa.

Também fizeram parte do elenco de A Serpente: Rida Pozzetti, Letícia Chiochetta, Karine De Bacco e Sofia Vilasboas. 
Credito das imagens: Ricardo Almeida

 

Última peça de Nelson Rodrigues, A Serpente apresenta a tragédia familiar levada ao extremo. No Rio de Janeiro na década de 40, as irmãs Guida e Lígia casaram-se no mesmo dia e na mesma igreja. No apartamento que compartilham, apenas uma parede separa a felicidade de uma da frustração da outra. Lígia, depois de um ano casada, permanece virgem, e, então, decide se matar. Guida, na tentativa de conter a irmã, oferece a ela uma noite de seu marido. O nascimento desse triângulo amoroso irá desencadear uma história de ciúmes, obsessão, sexo, medo, solidão e morte.

 

Imergir no universo de Nelson Rodrigues foi um desafio surgido do desejo de questionar, passadas algumas décadas desde sua ruidosa estreia no teatro, a universalidade da obra do maior dramaturgo brasileiro. Encontrar, na linguagem ágil e direta com a qual o autor construiu o retrato desautorizado da sociedade de sua época, uma temática capaz de associar o passado ao presente, confirmando a atualidade de sua obra e a necessidade de explorá-la.

 

O grupo Satori voltou-se ao último texto de Nelson Rodrigues para encontrar nele um caráter cíclico onde as imagens rodrigueanas retornam com um novo peso, uma nova força.  A obsessão sexual, o ciúme, a inveja, a pulsão de morte, as relações incestuosas são assuntos que aparecem em suas peças desde o início, mas que reaparecem na última de uma forma mais explícita e cruel. Através de A Serpente pode-se reler, por exemplo, Vestido de Noiva, em um jogo no qual as duas peças tentam devorar-se mutuamente. São os aspectos fundamentais da natureza humana os grandes personagens de Nelson Rodrigues. Sua dimensão arquetípica e as relações que entre eles se estabelece indicam a tragédia sem nobreza que renasce ali. O objetivo do grupo foi demonstrar esse labirinto literário e atualizar o imaginário do maior dramaturgo brasileiro para nossa época, evidenciando sua universalidade e eternidade. 

 

À pergunta: O que é teatro?, Jean-Marie Pradier responde em tom de provocação: Teatro é o que eu chamo de teatro. Para mim teatro é estilo, uma questão de percepção e imaginação, organizada de forma intuitiva e racional. O escritor, ensaísta e dramaturgo Witold Gombrowicz filosofa em toda a sua obra sobre uma questão fundamental: a aquisição e a tirania da forma. Impressiona pela sua lucidez, ironia, irreverência, contemporaneidade e um olhar mordaz e corrosivo sobre a humanidade. Tudo isso com humor, sutileza e sensualidade.

 

Yvonne, Princesa da Borgonha, foi escrita há quase setenta anos. Nesta montagem, o texto é conservado na íntegra. É um exemplo precioso do grotesco no teatro, concebido por um gênio da literatura que sempre foi fiel a si mesmo, a despeito dos modismos e da indiferença de seus colegas e críticos. Quase no fim da vida foi reconhecido internacionalmente com a publicação de Ferdydurke e Cosmos, recentemente publicados no Brasil.

 

No espetáculo, o grotesco aflora através da justaposição entre o trágico, o cômico, o ridículo e o humor negro, ressaltado pela sensação de encurralamento e de indiferença diante das atrocidades e injustiças cometidas. Procurei acentuar, por ações e imagens, o clima de corrupção, decadência, arrogância, falsidade, manipulação e a constante ameaça física e moral que assola sem tréguas a desavergonhada Borgonha.

 

Irion Nolasco

 

 

2007
Yvonne, Princesa da Borgonha
Texto: Witold Gombrowicz

Direção: Irion Nolasco

Assistência de direção: Daniel Fraga

Figurino: Rô Cortinhas

Iluminação: Batista Freire

Cenário: Zao Figueiredo e Irion Nolasco  Bonecos: Elton Manganelli

Trilha Sonora: Banda Charque in Blue

Elenco: Herlon Holtz, Rafaela Cassol, Márcia Donadel, Di Machado, Leônidas Rübenich, Geraldine De La Matta,  Alexandre Borin, Carolina Diemer, Viviana Schames, Frederico Vasques, Gyan Celah, Marcelo Pinheiro, Cristina Salib, Lucila Clemente, Priscila Correa, Franciele Aguiar, Patrícia Silveira, Letícia Kleemann, Tefa Polidoro, Danuta Zaghetto, Rodrigo Fiatt.

Crédito das imagens: J.P. Kruze e Ricardo Almeida

 

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